domingo, 5 de junho de 2011

Divagações... Sobre: NADA


Estava aqui meditando... Pensando na vida... Nas alternativas que ela nos dá... nos caminhos que a gente busca seguir... Na rotação da Terra, inclinada em cerca de 23º, que nos dá os dias e noites; na translação, nos dando os meses e anos... Até mesmo pensei na expansão do universo! Estava realmente pensando em tudo, e em nada específico ao mesmo tempo! Até eu decidir pensar somente no nada! Fixamente sobre o nada em si!

Mas o que é o nada? É ausência de "tudo"? É ausência de "algo" apenas?

O que é o nada?... Se é "nada", então o "nada" existe? Se ele existe, então deixa de ser "nada" e passa a ser "algo".

E agora, o que fazer com este pensamento do 'nada'? Já o próprio pensamento deixou de ser 'ausente' e passou a ser um pensamento real, sobre algo talvez, dizem, abstrato: sobre o nada!

Como responder a esta questão que eu mesmo criei? Ou não! Quem sabe esta mesma pergunta povoe a mente de muitas pessoas, mas talvez elas temam descobrir que a própria existência do 'nada', já derruba por terra o próprio conceito que temos dentro de nós sobre 'tudo' e 'nada'. Mas realmente, nunca nada é verdadeiramente 'nada'. É sempre alguma coisa! Alguma coisa que não queremos pensar naquela hora, ou alguma coisa que não queremos sentir, ou uma 'fuga' criada em alguma brecha da nossa mente, para nos escondermos desses pensamentos intrigantes, justamente como este próprio: "O que é o nada?"

Bom, resta-me usar da minha licença poética e ir eu mesmo definindo o que é 'o nada', mas o 'meu nada'... que pode ser diferente do seu, do dele, do dela, daquele lá longe, daquela que está do seu lado... enfim...

Então o "nada" para mim é definido, por (por exemplo):


"Viver sem amar sua família, sem respeitá-la... Isto é Nada!"
"A vida sem o amor puro, próprio e real, dentro de você: Nada!"
"Amor da boca para fora... Nada!"
"Uma vida sem sentido algum: Nada!"
"Riqueza material sem amigos, sem amor, sem saúde, sem paz, e sem dignidade; enquanto tantos por aí, na vida afora, passam fome, miséria, sem ter onde morar e dormir: Nada!"
"Acordar e dormir sem nada produzir, ensinar ou aprender: Nada!"
(...)

Parece-me então que o "nada" seria a reunião de ausência das coisas mais importantes da nossa vida: Amor, Família, Amigos, Saúde, Paz, Dignidade, Inteligência, Humildade..., enfim, passar um dia e não fazer a diferença na vida de alguém, para melhor, e a corrente seguir, até que o Planeta esteja cheio de tudo isso de bom... de Amor, de Paz: Isto é Nada!

Então... vamos começar a fazer algo? Pelo menos uma das citadas acima, com certeza fará uma enorme diferença! Na vida de todos e também na sua! Depois me falem se ficou clara a diferença entre o "tudo" e o "nada" na sua vida, na vida daqueles que estão ao seu redor, e na vida do Planeta como um todo!

Eu sei que podemos encher este mundo inteiro de tudo, mas vamos povoá-lo de "Tudo de bom"! E fazer o 'nada' deixar de existir! Que este nada seja apenas um vocábulo esquecido num velho dicionário!



Flávio Augusto Albuquerque.

*PUBLICADO ORIGINALMENTE EM 05/06/2011 NO BLOG: http://flavioguto.blogspot.com*

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